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sábado, 31 de outubro de 2009

Dia das bruxas.


A palavra Halloween tem origem na Igreja católica. Vem de uma corrupção contraída do dia 1 de novembro, "Todo o Dia de Buracos" (ou "Todo o Dia de Santos"), é um dia católico de observância em honra de santos. Mas, no século V DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain, o Ano novo céltico.
Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia).
O Halloween marca o fim oficial do verão e o início do ano-novo. Celebra também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. Era uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol. Mas o que ficou mesmo foi o escocês Hallowe'en.
Uma das lendas de origem celta fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte. Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos.
Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati).
Os Romanos adotaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, eles as abandonaram.
O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava e passa ser conhecido como o Dia das Bruxas.
Travessuras ou Gostosuras?(Trick-or-treat)
A brincadeira de "doces ou travessuras" é originária de um costume europeu do século IX, chamado de "souling" (almejar). No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, os cristãos iam de vila em vila pedindo "soul cakes" (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha.
Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador. Acreditava-se que as almas permaneciam no limbo por um certo tempo após sua morte e que as orações ajudavam-na a ir para o céu.
Abóboras e velas: Jack O'Lantern (Jack da Lanterna)

A vela na abóbora provavelmente tem sua origem no folclore irlandês. Um homem chamado Jack, um alcoólatra grosseiro, em um 31 de outubro bebeu excessivamente e o diabo veio levar sua alma. Desesperado, Jack implora por mais um copo de bebida e o diabo concede. Jack estava sem dinheiro para o último trago e pede ao Diabo que se transforme em uma moeda. O Diabo concorda. Mal vê a moeda sobre a mesa, Jack guarda-a na carteira, que tem um fecho em forma de cruz. Desesperado, o Diabo implora para sair e Jack propõe um trato: libertá-lo em troca de ficar na Terra por mais um ano inteiro. Sem opção, o Diabo concorda. Feliz com a oportunidade, Jack resolve mudar seu modo de agir e começa a tratar bem a esposa e os filhos, vai à igreja e faz até caridade. Mas a mudança não dura muito tempo, não.
No próximo ano, na noite de 31 de outubro, Jack está indo para casa quando o Diabo aparece. Jack, esperto como sempre, convence o diabo a pegar uma maçã de uma árvore. O diabo aceita e quando sobe no primeiro galho, Jack pega um canivete em seu bolso e desenha uma cruz no tronco. O diabo promete partir por mais dez anos. Sem aceitar a proposta, Jack ordena que o diabo nunca mais o aborreça. O diabo aceita e Jack o liberta da árvore.
Para seu azar, um ano mais tarde, Jack morre. Tenta entrar no céu, mas sua entrada é negada. Sem alternativa, vai para o inferno. O diabo, ainda desconfiado e se sentindo humilhado, também não permite sua entrada. Mas, com pena da alma perdida, o diabo joga uma brasa para que Jack possa iluminar seu caminho pelo limbo. Jack põe a brasa dentro de um nabo para que dure mais tempo e sai perambulando. Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então Jack O'Lantern (Jack da Lanterna). na América passa a ser uma abóbora, iluminada com uma brasa.
Sua alma penada passa a ser conhecida como Jack O'Lantern (Jack da Lanterna). Quem presta atenção vê uma luzinha fraca na noite de 31 de outubro. É Jack, procurando um lugar.
Satã ao subir na árvore. Jack então esculpiu uma imagem de uma cruz no tronco da árvore, prendendo o diabo na árvore. Jack fez um acordo com o diabo, se ele nunca mais o tentasse novamente, ele o deixaria descer da árvore.
De acordo com o conto do povo, depois de Jack morrer, a entrada dele foi negada no Céu, por causa de seus modos de malvado, mas ele teve acesso também negado ao Inferno, porque ele enganou o diabo. O diabo deu a ele uma brasa única para iluminar sua passagem para a escuridão frígida. A brasa era colocada dentro de um nabo para manter por mais tempo.
Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então o Jack O'Lantern (Jack da Lanterna), na América, era em uma abóbora, iluminada com uma brasa.
Bruxas
As bruxas têm papel importantíssimo no Halloween. Não é à toa que ela é conhecida como "Dia das Bruxas" em português. Segundo várias lendas, as bruxas se reuniam duas vezes por ano, durante a mudança das estações: no dia 30 de abril e no dia 31 de outubro. Chegando em vassouras voadoras, as bruxas participavam de uma festa chefiada pelo próprio Diabo. Elas jogavam maldições e feitiços em qualquer pessoa, transformavam-se em várias coisas e causavam todo tipo de transtorno.
Diz-se também que para encontrar uma bruxa era preciso colocar suas roupas do avesso e andar de costas durante a noite de Halloween. Então, à meia-noite, você veria uma bruxa!
A crença em bruxas chegou aos Estados Unidos com os primeiros colonizadores. Lá, elas se espalharam e misturaram-se com as histórias de bruxas contadas pelos índios norte-americanos e, mais tarde, com as crenças na magia negra trazidas pelos escravos africanos.
O gato preto é constantemente associado às bruxas. Lendas dizem que bruxas podem transformar-se em gatos. Algumas pessoas acreditavam que os gatos eram os espíritos dos mortos. Muitas superstições estão associadas aos gatos pretos. Uma das mais conhecidas é a de que se um gato preto cruzar seu caminho, você deve voltar pelo caminho de onde veio, pois se não o fizer, é azar na certa.

Halloween pelo mundo

A festa de Halloween, na verdade, equivale ao Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados, como foi absorvido pela Igreja Católica para apagar os vínculos pagãos, origem da festa. Os países de origem hispânica comemoram o Dia dos Mortos e não o Halloween. No Oriente, a tradição é ligada às crenças populares de cada país.
A Espanha como no Brasil, comemora-se o Dia de Todos os Santos em 1º de novembro e Finados no dia seguinte. As pessoas usam as datas para relembrar os mortos, decorando túmulos e lápides de pessoas que já faleceram.
A Irlanda é considerada como o país de origem do Halloween. Nas áreas rurais, as pessoas acendem fogueiras, como os celtas faziam nas origens da festa e as crianças passeiam pelas ruas dizendo o famoso “tricks or treats” (doces ou travessuras).
O México no dia 1º comemora-se o Dia dos Anjinhos, ou Dia dos Santos Inocentes, quando as crianças mortas antes do batismo são relembradas.
O Dia dos Mortos (El Dia de los Muertos), 2 de novembro, é bastante comemorado no México. As pessoas oferecem aos mortos aquilo que eles mais gostavam: pratos, bebidas, flores. Na véspera de Finados, família e amigos enfeitam os túmulos dos cemitérios e as pessoas comem, bebem e conversam, esperando a chegada dos mortos na madrugada.
Uma tradição bem popular são as caveiras doces, feitas com chocolate, marzipã e açúcar.
Tailândia, existe o festival Phi Ta Khon, comemorado com música e desfiles de máscaras acompanhados pela imagem de Buda. Segundo a lenda, fantasmas e espíritos andam entre os homens. A festividade acontece no primeiro dia das festas budistas.

Alguns significados simbólicos

a abóbora: simboliza a fertilidade e a sabedoria
image a vela: indica os caminhos para os espíritos do outro plano astral.
o caldeirão: fazia parte da cultura - como mandaria a tradição. Dentro dele, os convidados devem atirar moedas e mensagens escritas com pedidos dirigidos aos espíritos.
a vassoura: simboliza o poder feminino que pode efetuar a limpeza da eletricidade negativa. Equivocadamente, pensa-se que ela servia para transporte das bruxas.
as moedas: devem ser recolhidas no final da festa para serem doadas aos necessitados.
os bilhetes com os pedidos, devem ser incinerados para que os pedidos sejam mais rapidamente atendidos, pois se elevarão através da fumaça.
a aranha - simboliza o destino e o fio que tecem suas teias, o meio, o suporte para seguir em frente.
o morcego - simbolizam a clarividência, pois que vêem além das formas e das aparências, sem necessidades da visão ocular. Captam os campos magnéticos pela força da própria energia e sensibilidade.
o sapo - está ligado à simbologia do poder da sabedoria feminina, símbolo lunar e atributo dos mortos e de magia feminina.
o gato preto - símbolo da capacidade de meditação e recolhimento espiritual, autoconfiança, independência e liberdade. Plena harmonia com o Unirverso

Cores:

Laranja - cor da vitalidade e da energia que gera força. Os druidas acreditavam que nesta noite, passagem para o Ano Novo, espíritos de outros planos se aproximavam dos vivos para vampirizar a energia vital encontrada na cor laranja.
Preto - cor sacerdotal das vestes de muitos magos, bruxas, feiticeiras e sacerdotes em geral. Cor do mestre.
Roxo - cor da magia ritualística.

Edição e formatação: Lilian Russo - http://www.ilove.com.br/lili/palavrasesentimentos/
Fontes de Referência:
Folha de São Paulo
Estadinho (30/10/1999)
Guia dos curiosos http://www.guiadoscuriosos.com.br/

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pablo em sua primeira manifestação pública

Em carona a uma manifestação pública realizada em Ouro Preto.

Contra o aumento das passagens.

O Pablo se debuta em questões sociais.

O homem é resultado de seus sonhos.

Uma causa, se abraçada, deve alicerçar em convicções.

Pablo
Pablo.
Pablo..rar.

Humanos podem ter assassinado Neandertal há mais de 50 mil anos


Homen de Neandertal (arquivo)

Neandertais conviveram com humanos modernos

Uma pesquisa da Universidade de Duke, da cidade de Durham, no Estado americano da Carolina do Norte, indica que um homem de Neandertal pode ter sido morto por humanos modernos em um confronto ocorrido há mais de 50 mil anos.

O estudo poderia indicar que os humanos modernos podem ter colaborado para provocar o desaparecimento dos neandertais.

Os pesquisadores analisaram o esqueleto de um neandertal chamado pelos cientistas de Shanidar 3 - um dos nove neandertais descobertos entre 1953 e 1960 em uma caverna no nordeste do Iraque. Ele foi morto há entre 50 mil e 75 mil anos quando tinha entre 40 e 50 anos de idade.

Neste esqueleto foi identificado um ferimento profundo que atingiu uma das costelas no lado esquerdo. Segundo os pesquisadores, este ferimento poderia ter sido causado por uma lança de um tipo usado pelos humanos modernos, mas não por homens de Neandertal.

"O que temos é um ferimento na costela com uma série de possíveis explicações", afirmou Steven Churchill, professor associado de antropologia evolucionária na Universidade de Duke.

"Não estamos sugerindo que ocorreu um ataque relâmpago, com humanos modernos marchando pela terra e executando homens de Neandertal", acrescentou.

"Acreditamos que a melhor explicação para este ferimento é uma arma que pode ser lançada e, levando em conta os que tinham esta arma e os que não tinham, isto implica em pelo menos em um ato de agressão entre as espécies."

Cientistas revelam fóssil que pode ser de ancestral do homem

O fóssil Ida

O fóssil de 47 milhões de anos estava em uma coleção particular

Cientistas revelaram em Nova York nesta terça-feira o fóssil de uma criatura de 47 milhões de anos que pode ser um elo perdido na evolução dos primatas superiores - entre eles, os seres humanos.

O fóssil, batizado de Ida, está em estado tão bom de conservação que é possível ver sua pele e traços de sua última refeição.

Os restos do animal, que se assemelha a um lêmure (tipo de animal parecido com um macaco que vive na ilha africana de Madagascar) foram apresentados no Museu Americano de História Natural pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.

Eles foram descobertos na década de 1980 na Alemanha e pertenciam a uma coleção particular.

Importância e críticas

A pesquisa sobre sua importância foi liderada pelo cientista Jorn Hurum, do Museu de História Natural de Oslo, Noruega.

Reconstrução por computador do fóssil Ida

Cientistas reconstruíram o fóssil usando computação gráfica

Hurum diz que ida representa "a coisa mais próxima que temos de um ancestral" e descreveu a descoberta como "um sonho que se tornou realidade".

Mas parte da comunidade científica se mostra cética em relação à descoberta.

Um dos principais editores da revista Nature, Henry Gee, disse que o termo "elo perdido" pode induzir ao erro e que o fóssil não deve figurar entre as grandes descobertas recentes, como os dinossauros com penas.

Os cientistas que já examinaram o fóssil concluíram que este se trata de uma espécie nova, batizada Darwinius masillae.

Um dos pesquisadores que analisou Ida, Jenz Franzen, o fóssil tem traços que guardam "grande semelhança conosco", como unhas em vez de garras e o polegar em uma posição que permite agarrar coisas com a mão, como o homem e outros primatas.

Ainda assim, segundo ele, o fóssil não parece ser um ancestral direto do homem, mas sim estaria "mais para uma tia do que uma avó".

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2009/05/090519_eloperdido_primatasrc.shtml

domingo, 25 de outubro de 2009

Introdução sobre o Iluminismo

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© istockphoto.com / Vladimir Melnik
 Ouse conhecer! O lema proposto pelo filósofo Immanuel Kant no século 18 resumiu o estado de espírito que tomou conta de boa parte dos pensadores de um movimento intelectual que ficou conhecido como Iluminismo. Nele, a celebração da razão significou iluminar a mente e o futuro humano a partir da supremacia do conhecimento sobre as crenças metafísicas.
O Iluminismo surgiu na Europa entre os séculos 17 e 18 e inspirou revolucionários desenvolvimentos na filosofia, nas artes e na política. A base do pensamento iluminista foi considerar a lógica e a razão como as principais formas de o homem conhecer o universo e melhorar continuamente suas condições de vida. Para o Iluminismo o objetivo principal do uso da razão era dar ao homem conhecimento, liberdade e felicidade.
  O Iluminismo tirou a humanidade das trevas que dominaram a Idade Média
Desde o final do século 20, no entanto, os princípios do Iluminismo estão sob ataque dos pensadores do pós-modernismo, que consideram a supremacia do homem racional, sua busca pela Verdade e a fé no progresso e na ciência como ideias totalitárias e opressoras. Mas bem antes disso o Iluminismo representou o caminho para o mundo ocidental emergir definitivamente das trevas da Idade Média, período em que a razão foi suplantada pelo misticismo religioso e a sociedade regrediu para o isolamento social, econômico e político do feudalismo.
 revolucao-francesa-1 © istockphoto.com / HultonArchive
A Revolução Francesa foi totalmente influenciada pelos ideais iluministas
A vontade de conhecer e de desafiar os principais dogmas que vigoravam na passagem da Idade Média para a Idade Moderna contagiou vários pensadores, cientistas e artistas europeus, principalmente na França e na Grã-Bretanha. Uma frenética produção de obras filosóficas, políticas, econômicas, científicas e sociais escritas por intelectuais como Voltaire, Adam Smith, Immanuel Kant, David Hume, Isaac Newton e Jean le Rond D’Alembert, entre outros, constituiu o conjunto do pensamento iluminista que mudaria profundamente a trajetória da humanidade nos séculos seguintes.
Muito do espírito do Iluminismo sobrevive vigorosamente no liberalismo, na tolerância e no respeito pelas leis, valores que vigoram em boa parte das sociedades ocidentais. 
Movimentos iluministas
O Iluminismo é provavelmente o movimento intelectual que mais influenciou momentos decisivos da história da humanidade. Entre os principais eventos históricos movidos a partir dos ideais e pensamentos iluministas estão a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América (1776), a Revolução Francesa (1789) e a Revolução Industrial (1760-1830).
leia mais: Iluminismo: razão, progresso e liberdade, O legado iluminista, Mais informações sobre o Iluminismo.
Veja todos os artigos sobre Cultura; em http://bit.ly/3z41dI

sábado, 10 de outubro de 2009

Quais são os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio?

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é um documento assinado por 199 países-membros da Organização das Nações Unidas que estabelece o compromisso de cada um deles em atingir metas de melhoria de desenvolvimento até 2015. O documento estabele oito objetivos principais - "Oito formas de mudar o mundo"- para serem alcançados entre 1990 e 2015. Segundo o documento assinado, são eles:
  1. Erradicar a extrema pobreza e a fome
    Um bilhão e duzentos milhões de pessoas sobrevivem com menos do que o equivalente a $ 1,00 (PPC — Paridade do Poder de Compra, que elimina a diferença de preços entre os países) por dia.
    Metas:
    • Reduzir pela metade a proporção da população com renda inferior a um dólar PPC por dia.


    • Reduzir pela metade a proporção da população que sofre de fome.


  2. Atingir o ensino básico universal
    Cento e treze milhões de crianças estão fora da escola no mundo.
    Meta:
    • Garantir que todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo de ensino básico.


  3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
    Dois terços dos analfabetos do mundo são mulheres, e 80% dos refugiados são mulheres e crianças.
    Meta
    • Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino primário e secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, até 2015.


  4. Reduzir a mortalidade infantil
    Todos os anos 11 milhões de bebês morrem de causas diversas.
    Meta
    • Reduzir em dois terços a mortalidade de crianças menores de 5 anos.


  5. Melhorar a saúde materna
    Nos países pobres e em desenvolvimento, as carências no campo da saúde reprodutiva levam a que a cada 48 partos uma mãe morra.
    Meta
    • Reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna.


  6. Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças
    Em grandes regiões do mundo, epidemias mortais vêm destruindo gerações e cerceando qualquer possibilidade de desenvolvimento.
    Metas
    • Deter a propagação do HIV/Aids e começar a inverter a tendência atual.



    • Deter a incidência da malária e de outras doenças importantes e começar a inverter a tendência atual.



  7. Garantir a sustentabilidade ambiental
    Um bilhão de pessoas ainda não têm acesso a água potável.
    Metas
    • Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.


    • Reduzir pela metade a proporção da população sem acesso permanente e sustentável à água potável segura.


    • Alcançar, até 2020, uma melhora significativa nas vidas de pelo menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados.



  8. Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento
    Muitos países pobres gastam mais com os juros de suas dívidas do que para superar seus problemas sociais.
    Metas
    • Avançar no desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro aberto, baseado em regras, previsível e não discriminatório.


    • Atender às necessidades especiais dos países menos desenvolvidos. Isso inclui:
      • um regime isento de direitos e não sujeito a quotas para as exportações dos países menos desenvolvidos;


      • um programa reforçado de redução da dívida dos países pobres muito endividados (PPME) e anulação da dívida bilateral oficial; e


      • uma ajuda pública para o desenvolvimento mais generosa aos países empenhados na luta contra a pobreza.


    • Atender às necessidades especiais dos países sem acesso ao mar e dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento (mediante o Programa de Ação para o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento e as conclusões da vigésima segunda sessão extraordinária da Assembléia Geral).


    • Tratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento, mediante medidas nacionais e internacionais de modo a tornar a sua dívida sustentável a longo prazo.


    • Alguns dos indicadores a seguir são monitorados em separado para os países menos desenvolvidos (PMD), para os países africanos sem acesso ao mar e para os pequenos estados insulares em vias de desenvolvimento.


    • Em cooperação com os países em desenvolvimento, formular e executar estratégias que permitam que os jovens obtenham um trabalho digno e produtivo.


    • Em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis, nos países em vias de desenvolvimento.


    • Em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e de comunicações.



Nasa lança foguetes contra a Lua para procurar água

A Nasa (agência espacial americana) conseguiu nesta sexta-feira lançar com sucesso dois foguetes contra uma cratera na superfície da Lua.

O objetivo da missão é testar os detritos criados pelo impacto para verificar a presença de água no solo lunar.
A comprovação da presença de água congelada no satélite facilitaria a instalação de uma futura base para a exploração na Lua.
As imagens divulgadas pela Nasa, sem iluminação, mostram o impacto de um foguete vazio de 2,2 mil quilos contra a cratera de Cabeus, no polo sul da Lua.
Quatro minutos depois, outro foguete atingiu o solo levando equipamentos científicos para verificar a nuvem de detritos criada pelo primeiro impacto e detectar, ou não, a presença de água.
Os cientistas esperavam que fossem criados cerca de 350 toneladas de detritos, jogados a uma altura de até dez quilômetros.
A missão do Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares (LCROSS, na sigla em inglês) tem um custo estimado de US$ 79 milhões (cerca de R$ 138 milhões).
Decepção
Alguns astrônomos que observaram o impacto a partir de telescópios se disseram decepcionados com as imagens captadas.
“Talvez haja menos material para analisar do que eles esperavam”, disse à BBC Robert Massey, da Real Sociedade Astronômica Britânica.
“Eles sugeriram que astrônomos amadores em todo o oeste dos Estados Unidos observassem o impacto. Mas precisaria ser algo muito claro para ser detectado por telescópios amadores a partir da Terra”, afirmou.
A missão LCROSS tinha como um de seus objetivos ajudar a abrir o caminho para o retorno de astronautas americanos à Lua até 2020.
Mas esses planos estão em compasso de espera após o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter determinado uma revisão do programa espacial tripulado da Nasa.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

“Falando” com as mãos

Embora seja verdade que não é necessário pronunciar nada ao usar a linguagem de sinais com outra pessoa, a maioria das pessoas ainda chama o processo de comunicação através da linguagem de sinais de "falar".
Se você for o "ouvinte" de uma conversa na linguagem dos sinais, você os recebe. A pessoa que está sinalizando é o "falante" e a pessoa que está observando é o "ouvinte". Ao ouvir, é necessário prestar atenção no rosto e nos olhos do falante, usando sua visão periférica para ver os sinais manuais. Muito do significado na linguagem dos sinais vem das expressões faciais, e ao se focar só nas mãos dos falantes, provavelmente você entenderá mal o que ele está tentando expressar.
Durante séculos, os deficientes auditivos ou surdos se basearam na comunicação com os outros através de dicas visuais. Conforme a comunidade dos surdos cresceu, as pessoas começaram a padronizar os sinais, construindo um vocabulário e gramática ricos, que existem independentemente de qualquer outra língua. Um observador casual de uma conversa na linguagem dos sinais pode descrevê-la como graciosa, dramática, nervosa, engraçada ou irritada, mesmo sem saber o que um único sinal quer dizer.
Existem centenas de linguagem de sinais. Onde houver comunidades de surdos, você os encontrará se comunicando com vocabulário e gramática específicos. Dentro de um mesmo país, encontramos variações regionais e dialetos: como em qualquer língua falada, é possível encontrar pessoas em regiões diferentes que transmitem o mesmo conceito de formas distintas.
Pessoas 
Pessoas usando a linguagem de sinais
Pode parecer estranho para quem não entende a linguagem dos sinais, mas os países que possuem a mesma língua falada não têm necessariamente uma linguagem de sinais em comum. A linguagem americana de sinais (ASL) ou Ameslan e a linguagem britânica de sinais (BSL) se desenvolveram independentemente uma da outra, então seria muito difícil ou até mesmo impossível para um surdo americano se comunicar com um surdo britânico. De qualquer forma, muitos dos sinais da ASL foram adaptados da linguagem francesa de sinais (LSF), de forma que um usuário da ASL na França provavelmente conseguiria se comunicar claramente com os surdos de lá, mesmo as línguas faladas sendo completamente diferentes.
Aprendendo 
Aprendendo a gesticular no Laboratório de Interpretação da Linguagem de Sinais, no Georgia Perimeter College
Não há uma correlação direta entre as linguagens naturais de sinais e as línguas faladas: os usuários das linguagens de sinais se comunicam através de conceitos, e não de palavras. Embora seja possível interpretar a linguagem dos sinais para uma língua falada como o inglês e vice-versa, tal interpretação não seria uma tradução direta.
A maioria dos usuários da linguagem dos sinais acha difícil aprendê-la nos livros e por meio de figuras estáticas. O jeito que uma pessoa sinaliza um conceito pode dizer mais sobre seu significado do que o sinal em si. As figuras não capturam as nuances que são intrínsecas à comunicação clara da linguagem de sinais e, às vezes, é difícil sinalizar os movimentos que alguns sinais exigem sem vídeo, animação ou demonstração ao vivo.
Neste artigo, nos concentraremos na linguagem americana de sinais, a linguagem de sinais dominante nos Estados Unidos. Veremos também o inglês exato sinalizado SEE e inglês misturado sinalizado PSE: duas alternativas para a ASL que são usadas, principalmente, entre os surdos e as pessoas com audição normal. A SEE e PSE se baseiam na língua inglesa para sua variação de graus, o que significa que, diferentemente da ASL, elas são linguagens de sinais construídas, artificiais. Falaremos sobre a tentativa de estabelecer uma linguagem de sinais universal e veremos outras utilizações da linguagem de sinais.

domingo, 4 de outubro de 2009

Crise política em Honduras

Acompanhe a cronologia da crise política em Honduras
Do UOL Notícias
Em São Paulo

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2006: Eleições presidenciais

- Manuel Zelaya é eleito presidente de Honduras, com mandato até 2010
- Entra em vigor um acordo de livre comércio com os Estados Unidos.          - - O Congresso de Honduras havia aprovado o Acordo Centro-Americano de Livre Comércio (Cafta, na sigla em inglês) em março de 2005
2007: Visita a Cuba
 - O presidente Zelaya ordena que todas as emissoras de rádio e TV exibam propaganda do governo duas horas por dia, durante dez dias, para combater o que diz ser uma campanha de desinformação
- Zelaya visita Cuba, na primeira visita oficial de um mandatário hondurenho à ilha em 46 anos
2008: Alba
- Honduras adere à Aliança Bolivariana para as Américas, bloco liderado por Venezuela e Cuba. Aproximação com governos "bolivarianos" do continente e reformas sociais despertam oposição da elite hondurenha
2009: A polêmica do referendo
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- Zelaya propõe que durante as eleições presidenciais de 29 de novembro, uma urna extra seja instalada para colocar em votação possível mudança na Constituição de Honduras
- Críticos argumentam que a iniciativa permitiria que Zelaya se perpetuasse no poder; o presidente rebate afirmando que a reeleição só seria possível para seus sucessores e nega interesse em continuar no poder
- O Congresso aprova uma lei que proíbe a realização de referendos 180 dias antes ou depois de eleições, o que torna ilegal a proposta de Zelaya
- Em sintonia com os parlamentares, o chefe das Forças Armadas se nega a fornecer apoio logístico para um pré-referendo (marcado para 28 de junho) e é destituído por Zelaya
28 de junho de 2009: Zelaya deposto
- Sem apoio do exército e em uma situação de tensão, o presidente convoca partidários para viabilizar a votação de 28 de junho, que decidiria sobre a realização do polêmico referendo
- Na manhã deste dia, militares tiram Zelaya de sua casa ainda de pijamas e o enviam para fora do país. Uma carta-renúncia falsa é lida no parlamento e o líder do Congresso, Roberto Micheletti, assume a presidência
Pós-golpe: governo interino sob críticas
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- Desde que assumiu, o governo de Micheletti não foi reconhecido por nenhum país. Logo após o golpe, Honduras teve suas linhas de crédito internacionais congeladas e foi suspensa da Organização dos Estados Americanos.
- No dia 5 de julho, Zelaya tenta voltar de avião, mas é impedido de pousar. Manifestantes protestam no aeroporto e são registradas as primeiras mortes no contexto da crise política.
- O presidente da Costa Rica, Oscar Arias, é indicado como mediador do processo de diálogo, mas suas propostas são recusadas e as conversas ficam suspensas.
- Em 24 de julho, o presidente deposto pisa em território hondurenho de modo simbólico por alguns instantes, na fronteira com Nicarágua.
- Nessa região, começa a organizar um "exército pacífico", ao mesmo tempo em que mantém uma agenda de visita a governos estrangeiros que o apoiam
Lançado período eleitoral em Honduras
- No final de agosto, tem início a campanha para as eleições gerais em Honduras, apesar da falta de reconhecimento da comunidade internacional. O pleito está agendado para 29 de novembro
- Em 3 de setembro, os Estados Unidos confirmam o corte de toda a ajuda financeira não-humanitária destinada a Honduras, em uma manobra para aumentar a pressão sobre o governo temporário. No mesmo dia, Brasil suspende acordos e passa a exigir visto para hondurenhos que entrarem no país
21 de setembro: Zelaya retorna
- O presidente deposto retorna a Honduras "por meios próprios e pacíficos" e recebe autorização do Brasil para ter abrigo na embaixada brasileira em Tegucigalpa. Manifestantes favoráveis a Zelaya se reúnem na ruas da capital.
- No dia seguinte (22), a polícia dispersa manifestantes que estavam diante da embaixada brasileira e cerca o local. Energia elétrica, água e telefones são cortados; embaixada fica dependente de geradores. Zelaya reitera que Brasil não teve participação em seu retorno e diz que escolheu esta embaixada por causa da "tradição democrática" do Brasil.
- Em decreto assinado no domingo (27), governo suspende por 45 dias as garantias constitucionais. No dia seguinte (28), as oposicionistas rádio Globo de Tegucigalpa e a emissora de TV "36" são fechadas pelo governo Micheletti.rar

Golpe em Honduras é semelhante ao golpe militar de 64 no Brasil, diz pesquisador

Thiago Scarelli
Do UOL Notícias
Em São Paulo
O golpe que tirou Manuel Zelaya do poder em Honduras no final de junho é semelhante ao golpe militar de 1964 contra João Goulart no Brasil: ambos são resultado de um conflito social interno que culmina em uma ação militar de caráter ilegal, mas apoiada pelo congresso.
Você concorda que o golpe em Honduras é semelhante ao golpe de 64 no Brasil?
A análise é de Pedro Paulo Funari, professor da Universidade de Campinas e Coordenador do Núcleo de Estudos Estratégicos da mesma instituição, que comentou em entrevista ao UOL Notícias a visita de Manuel Zelaya ao Brasil.
"Também Goulart, como Zelaya, cortejou os setores populares, enfrentou dificuldades econômicas, ficou impopular e foi deposto pelos militares, apoiados pelo congresso", explica o pesquisador. A principal diferença, segundo ele, é que o golpe brasileiro ocorreu em um contexto de Guerra Fria, desencadeando ações de maior violência contra os cidadãos.
"Nos dois casos, trata-se de um governante com origem na aristocracia rural que, uma vez no poder, são encurralados por uma forte demanda social e resolvem aplicar arriscadas políticas de redistribuição", detalha Funari.
A consequência desse processo é uma classe baixa ansiosa por resultados e uma classe média com receios. Dessa forma, quando elementos militares concretizam o golpe, a ação tinha apoio de significativos setores da sociedade, acrescenta o historiador. Nos dois casos o presidente deixou o país: Jango para o Uruguai; Zelaya para a Costa Rica.
"Uma semelhança importante é que a ação ilegal dos militares - tirar um presidente do cargo à força é ilegal aqui e em Honduras - acabou referendada por um órgão legítimo, o Congresso", destaca Funari, a respeito da argumentação dos golpistas nas duas situações de que se tratava apenas de defesa da legalidade.
A principal diferença entre os dois golpes, segundo o cientista político, está no contexto mundial em que eles acontecem. "No Brasil, a ação repressiva inicial foi mais violenta, com a cassação de diversos opositores e o rápido endurecimento do regime. Isto foi assim porque vivíamos a Guerra Fria (1947-1989) e os Estados Unidos apoiavam regimes de força aliados. Hoje, o contexto é muito diferente e, oficialmente, os Estados Unidos condenaram o golpe."
"No Brasil, havia certeza de apoio dos EUA: reconhecimento do governo, apoio político, apoio financeiro etc. Honduras, ao contrário, não tem esse apoio, o que é uma diferença fundamental", acrescenta.
Essa comparação não é apenas hipotética, mas tem efeitos reais, justifica Funari. "Isso é fundamental para entender a reação do governo brasileiro diante do golpe hondurenho. A crítica feita desde o primeiro momento vem de um governo formado por políticos como Lula, que sempre condenaram o golpe no Brasil, isso está na memória deste governo", conclui.
Pedro Paulo Abreu Funari é bacharel em História, mestre em Ciências Sociais e doutor em Arqueologia pela Universidade de São Paulo, livre-docente em História pela Unicamp, universidade na qual é professor titular. Também participa de cursos e programas de pesquisa na Universidade do Algarve (Portugal), na Illinois State University (EUA), Universidad de Barcelona (Espanha) e outras

Sim podemos, sim somos capazes

A escolha do Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016, pode parecer para os incautos que existem prioridades relevantes e necessárias a se realizar e os jogos vem para encobrir, ou mesmo para desviar as atenções.
Tenho uma outra perspectiva. O planejamento realizados pelo país não escondeu as nossas mazelas sociais, assim como se comprometeu em criar condições plausíveis para nos capacitar para o grande evento.
O orgulho de todos nós brasileiros se aflorou, sim podemos, sim são capazes.
lulav
Os investimentos publícos e privados, trará uma melhor qualidade de vida a cidade sede, em todos os aspectos. Indiretamente ganha toda a nação.
O que devemos temer são os costumes enraizados da corrupção, do ganho fácil, dos ilcítos praticados nas licitações.
Pessoalmente gostaria que resultados iguais acontecessem não somente no Rio de Janeiro, em ações como a educação, a saúde, e a segurança. Porque sim somos capazes, sim podemos. Basta empenho, basta a vontade política.

Veja vídeos que a candidatura brasileira apresentou ao COI


Vídeos feitos pelos organizadores da campanha do Rio de Janeiro para sede da Olimpíada de 2016 apelam para a 'paixão' na tentativa de convencer os eleitores do Comitê Olímpico Internacional. Os vídeos mostram detalhes marcantes da cidade e alegria do povo brasileiro.
rar.

sábado, 3 de outubro de 2009

O menino que domou o vento

Menino do Malauí que construiu moinho de vento é tema de livro

Jude Sheerin  da BBC News
William Kamkwamba em cima de um dos moinhos construídos por ele

 "Muitos, inclusive minha mãe, pensaram que eu estava ficando louco' disse Kamkwamba"

A história verdadeira de um adolescente autodidata do Malauí que transformou a vida de sua família e de sua comunidade ao construir, com lixo, um moinho de vento para gerar eletricidade é tema de um livro que acaba de chegar às lojas nos Estados Unidos.
O menino William Kamkwamba, que ganhou uma bolsa de estudos e hoje frequenta a faculdade em Johanesburgo, na África do Sul, tornou-se um símbolo para ambientalistas como Al Gore e líderes empresariais em todo o mundo.
Uma foto sorridente do jovem, hoje com 22 anos de idade, foi capa da publicação americana Wall Street Journal.
E para muitos, não será surpresa se o livro The Boy Who Harnessed the Wind (O Menino Que Arreou o Vento, em tradução livre), do jornalista novaiorquino Bryan Mealer, acabar transposto para as telas de cinema.
Talento e Raça
As conquistas de Kamkwamba são ainda mais impressionantes se considerarmos que ele foi obrigado a abandonar a escola aos 14 anos porque sua família não podia pagar as anuidades de US$ 80.
Quando retornou à modesta propriedade da família no vilarejo de Masitala, no interior do Malauí, seu futuro parecia limitado.
Mas esta não é mais uma história de potencial africano sufocado pela pobreza.
O adolescente sonhava trazer eletricidade para seu vilarejo - apenas 2% das residências no Malauí possuem energia elétrica - e não estava disposto a esperar pela ação de políticos ou ONGs.
Em 2002, a urgência era ainda maior, pois o país foi assolado por uma das piores secas de sua história, resultando na morte de milhares de pessoas. A família de Kamkwamba quase não tinha o que comer.
O adolescente continuou a estudar usando a biblioteca no vilarejo.
Fascinado por ciências, encontrou, por acaso, em um livro caindo aos pedaços, uma foto de um moinho de vento.
"Fiquei muito interessado quando vi que o moinho podia produzir eletricidade e bombear água", disse Kamkwamba à BBC News.
"Eu pensei: isso poderia ser uma defesa contra a fome. Talvez eu devesse construir um para mim".
Quando não estava ajudando na plantação de milho da família, trabalhava no seu protótipo à noite, à luz de uma lamparina de parafina.
As atividades do menino foram alvo de chacota na comunidade, que tem cerca de 200 pessoas.
"Muitos, inclusive minha mãe, achavam que eu estava louco", ele relembra. "Nunca tinham visto um moinho de vento antes.
Os vizinhos também estranhavam o fato de que Kamkwamba passava horas mexendo no lixo.
"Eles achavam que eu estava fumando maconha", disse. "Eu dizia que estava fazendo um trabalho (ritual de magia)".
Kamkwamba construiu uma turbina usando peças de bicicletas, uma hélice de ventilador de trator e pedaços de canos de plástico, entre outros objetos.
"Levei alguns choques subindo naquilo (no moinho)", ele contou.
O produto final, uma torre de madeira com 5m, balançando na brisa sobre o vilarejo, parecia pouco mais do que os devaneios de um inventor maluco.
Mas as risadas dos vizinhos rapidamente se transformaram em admiração quando Kamkwamba conectou um farol de automóvel à turbina do moinho.
Quando as hélices começaram a girar na brisa, a lâmpada se acendeu e o vilarejo ficou em alvoroço.
Logo, o moinho de 12 watts estava bombeando energia para a família de Kamkwamba. E os vizinhos faziam fila para carregar seus telefones celulares.

'Vento Elétrico'
A lamparina de parafina deu lugar a lâmpadas elétricas, um interruptor e outros aparatos, tudo feito com restos de lixo.
A história de Kamkwamba virou assunto de blogs no mundo inteiro quando o jornal Daily Times, de Blantyre, no Malauí, publicou um artigo sobre ele.
O adolescente também instalou uma bomba mecânica movida a energia solar - doada ao vilarejo - sobre um poço. Tanques de armazenamento foram adicionados à bomba e a região ganhou, pela primeira vez, uma fonte de água potável.
O moinho foi adaptado para 48 volts e sua base de madeira, comida por cupins, foi substituída por concreto.
Mais tarde, Kamkwamba construiu um novo moinho, batizado de Máquina Verde, para bombear água e irrigar a roça da família.
Logo, visitantes estavam viajando quilômentros para admirar o "vento elétrico" do menino prodígio.
Em 2007, Kamkwamba foi convidado para participar da prestigiosa conferência Technology Entertainment Design, na Tanzânia. Foi aplaudido de pé.
Ele foi capa do Wall Street Journal e tornou-se um símbolo mundial, participando de conferências em todo o planeta.
O ambientalista Al Gore declarou: "As conquistas de William Kamkwamba com energia eólica mostram o que uma pessoa, com uma ideia inspirada, pode fazer para combater a crise que enfrentamos".
Hoje, Kamkwamba estuda na renomada African Leadership Academy, em Johanesburgo.
O jovem disse estar determinado, no entanto, a voltar para sua terra e completar sua missão de trazer energia não apenas para o resto do seu vilarejo, mas para todo o Malauí.
"Quero ajudar meu país e colocar em prática o que aprendi", disse. "Tem muito trabalho para ser feito".
O jornalista Bryan Mealer, autor de The Boy Who Harnessed the Wind, passou um ano acompanhando Kamkwamba para depois contar sua história.
"Passar um ano com William escrevendo esse livro me fez lembrar por que me apaixonei pela África", disse Mealer, que tem 34 anos.
"É o tipo de história que comove todo ser humano e nos faz pensar no nosso próprio potencial".

Gabeira.com.br

http://www.gabeira.com.br/noticias/mundo/1230-o-menino-que-domou-o-vento

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Controle pela mente

O Hospital geral de Massachustts (EUA) está recrutando voluntários para testar um chip que, implantado no cérebro, permite controlar computadores e aparelhos robotizados.
Calma, não se anime muito. Você não vai poder colocar o chip só para não ter de digitar comandos no computador ou melhorar a performance num game.
Essa interface cérebro-computador, batizada de Brain Gate, está destinada a pessoas com teatraplegia (paralasia nos membros), danos na medula espinhal e esclerose lateral amiotrófica.
O chip é implantado no córtex motor e vai captar e decodificar a intenção da pessoa em mover o membro que seria usado para acionar um equipamento.
O sinal captado é transmitido para o computador por uma antena de radiofrequência implantada do lado de fora do crânio do paciente.
O computador capta o sinal da antena e aciona o equipamento.
Bacana, né?
Os cientistas envolvidos no projeto esperam que o BrainGate possa ajudar, no futuro, os pacientes a controlar os membros paralisados, que, de alguma forma, perderam a conexão com o cérebro.
Diagrama mostra como se dá a comunicação com a máquina usando o implante de chip
Cyberknetics Inc. /Divulgação
Diagrama mostra como é feita a comunicação com a máquina usando o implante de chip